sábado, 15 de junho de 2013

Sistematização da assistência de enfermagem em Centro Obstétrico

RESUMO
Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, que objetivou propor um protocolo para a Sistematização da Assistência de Enfermagem para parturientes no Centro Obstétrico de um hospital público em Recife-PE. Foi aplicado um instrumento semiestruturado a quarenta parturientes para a obtenção do histórico de enfermagem; a partir deste foram identificados os diagnósticos de enfermagem baseados na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), versão 1, e estabelecidos os respectivos resultados e intervenções de enfermagem. O protocolo consiste em duas etapas: a primeira é a consulta de enfermagem, que envolve a anamnese e exame físico, e a segunda é caracterizada pela identificação criteriosa dos diagnósticos de enfermagem, que direcionarão o planejamento da assistência de enfermagem para o atendimento individualizado às parturientes, com utilização de uma terminologia universal.
Descritores: Assistência de enfermagem; Diagnóstico de enfermagem; Enfermagem Obstétrica; Trabalho de parto.


INTRODUÇÃO
O parto é uma experiência única, de significância psicológica, que pode deixar marcas positivas ou negativas dependendo da experiência vivenciada pela mulher(1). É um processo, além de fisiológico, cheio de significados onde ela deve ser a protagonista desse acontecimento(2).
Antigamente, o parto acontecia nos lares sendo acompanhado por parteiras que, embora não tivessem o conhecimento científico, eram detentoras de vasta experiência, e cuja conduta expectante respeitava o nascimento. Entretanto, a partir do século XX, o parto passou a ser realizado em ambiente hospitalar, submetendo a mulher ao modelo biomédico, onde o profissional vê o parto como processo patológico e utiliza a medicalização e outros procedimentos no parto de forma abusiva(2-3).
Em 1922, foi fundada no Rio de Janeiro a Escola de Enfermagem Anna Nery, contemplando em seu currículo a arte de enfermagem na obstetrícia e ginecologia. A partir deste momento, a enfermeira começou a adquirir conhecimentos sobre o processo de parturição e, em 1988, a enfermeira obstetra foi inserida na assistência ao parto hospitalar, pela primeira vez, na tentativa de reduzir os índices de asfixia perinatal(2,4). A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a realização do parto normal pelo enfermeiro obstetra tem caráter menos intervencionista e sua técnica humanizada respeita a fisiologia do nascimento(5). Além disso, seus conhecimentos permitem detectar e corrigir precocemente qualquer intercorrência e/ou distócia no trabalho de parto, assegurando, por participação ativa, que será mantida uma condução adequada pela equipe obstétrica.
Apesar da formação técnico-cientifica e da Resolução do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Enfermagem MS/COFEN – 223/99(6) acobertar ética e legalmente a atuação do enfermeiro obstetra a prestar assistência à mulher durante todo ciclo gravídico puerperal, ainda é pequeno o número de partos realizados e registrados por ele(5).
Na maioria das vezes, o enfermeiro presta uma assistência descontextualizada, tendo em vista que suas ações são voltadas apenas para o procedimento em si e não para a mulher, limitando-se apenas à prescrição médica para prestar assistência à parturiente. Além disso, no dia-a-dia do enfermeiro, existe o excesso de atividades burocráticas voltadas para o controle de material, gerenciamento do pessoal de enfermagem, registros e relatórios escritos de forma não sistematizada, caracterizando a execução de tarefas rotineiras, e revelando, assim, a falta de disponibilidade com a assistência(7-8).
O enfermeiro desenvolve habilidades técnico-científicas que favorecem a organização e sistematização do cuidado. A Enfermagem moderna utiliza os conhecimentos e procedimentos teoricamente organizados e reformulados para implementar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). A Resolução COFEN nº 358/2009 considera que a SAE "organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumento, tornando possível a organização do Processo de Enfermagem"(9).
O Processo de Enfermagem (PE) "é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional da Enfermagem e a documentação da prática profissional"(9), aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional. O registro deve ser realizado formalmente em um instrumento que apresente o resumo dos dados coletados durante a consulta de enfermagem, os diagnósticos de enfermagem identificados a partir da consulta, as ações de enfermagem realizadas e os resultados alcançados(9).
Existem alguns sistemas de classificação que favorecem a padronização da linguagem facilitando o desenvolvimento de pesquisas, do processo de ensino aprendizagem e promoção da cientificidade do cuidado. Destacam-se como sistemas de classificação a Taxonomia II da NANDA Internacional; a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC); a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC); o sistema de OMAHA (classificação para a saúde comunitária); o Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos (CCC); e a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), que foi desenvolvida com a unificação de vocabulários da Enfermagem, como a NANDA, NIC, NOC, e sistema da OMAHA, entre outros (10).
A CIPE® é um sistema de linguagem de enfermagem, unificado e universal, que integra as diversas classificações desenvolvidas ao longo do tempo, facilitando a melhoria da assistência ao cliente e permitindo a visibilidade da contribuição do enfermeiro na equipe multiprofissional. Em 1989, o Conselho de Representantes Nacionais aprovou o desenvolvimento do sistema da CIPE® no 19º Congresso Quadrienal do Conselho Internacional de Enfermagem, em Seul, na Coréia. A falta de um sistema de classificação de linguagem unificada foi o principal motivo para sua elaboração, visto que essa é condição essencial para a formulação de políticas de saúde, gerenciamento de custos, informatização dos serviços de saúde e controle do trabalho de enfermagem(11).
Em dezembro de 1996, o Conselho Internacional de Enfermagem (CIE) publicou a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – Versão Alfa: Um Marco Unificador, constituída pela Classificação dos Fenômenos de Enfermagem e pela Classificação das Intervenções de Enfermagem, a qual sofreu reformulações dando origem a CIPE® Versão Beta, divulgada em julho de 1999 durante as comemorações dos 100 anos do CIE. E em janeiro de 2002, foi apresentada a CIPE® Versão Beta 2, que trazia a Classificação de Fenômenos de Enfermagem estruturada em oito eixos e a classificação das ações, em outros oito eixos(12).
A partir da ampla utilização da CIPE® Versão Beta 2, percebeu-se a ausência da unificação da linguagem na enfermagem, o que gerou mais uma reformulação dando origem à CIPE® Versão 1 como uma tentativa de se evitar redundância e ambiguidade entre os termos a partir de uma estrutura de classificação simplificada organizada em apenas sete eixos originados após a unificação dos oito eixos da classificação dos fenômenos de enfermagem e dos oito, da classificação das ações de enfermagem existentes na CIPE® Versão Beta 2(11).
Tendo em vista o exposto, este trabalho teve por objetivo propor um protocolo para atendimento sistematizado de enfermagem às parturientes no Centro Obstétrico de um hospital público na Cidade do Recife-PE.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quantitativa, realizado no período de outubro de 2007 a janeiro de 2008. A pesquisa aconteceu no centro obstétrico de um hospital público estadual Amigo da Criança, na cidade do Recife-PE, o qual é referência em atendimento à gestante de alto risco, contudo também atende à gestante de baixo risco quando estas chegam em trabalho de parto avançado, sendo inviável sua transferência para outra maternidade de referência.
A população do estudo foi constituída por 40 parturientes admitidas no centro obstétrico da referida instituição, com diagnóstico médico de Gestação Única Tópica a Termo e Trabalho de Parto, sem nenhuma outra patologia associada a elas e idade superior a 18 anos.
A elaboração do protocolo foi dividida em três etapas. A primeira constituiu-se na coleta de dados a partir da identificação da parturiente no pré-parto e explicação sobre os objetivos da pesquisa. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi iniciada a entrevista e coleta de dados no prontuário.
Foi utilizado um instrumento para a formulação do Histórico de Enfermagem. Este foi preenchido pela própria autora em dois momentos: através de entrevista direta com a parturiente durante o trabalho de parto e, posterior, coleta de dados no prontuário sobre a admissão da parturiente e registros do parto.
A partir daí, procedeu-se à segunda etapa, quando as informações do formulário foram digitadas em um banco de dados confeccionado especialmente para este fim. Após o levantamento de dados, foram identificados os diagnósticos de enfermagem. Para isso, foi feito um agrupamento das informações, seguido da utilização das orientações contidas na CIPE® versão 1.0 para formulação dos diagnósticos e resultados de enfermagem utilizando-se os eixos foco (base para o planejamento da assistência) e julgamento.
A terceira etapa foi constituída pela elaboração das intervenções de enfermagem. Nesse momento, foi realizada uma pesquisa eletrônica da literatura utilizando-se as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). O acesso online aos artigos deu-se por meio do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (Bireme). Utilizaram-se artigos publicados no período de 2000 a 2010, a partir dos descritores: Parto Humanizado e Enfermagem Obstétrica. A pesquisa resultou no encontro de nove artigos, os quais abordavam práticas de cuidado durante o trabalho de parto e parto. Após o estudo dos artigos, realizou-se a construção das intervenções de enfermagem incluindo-se um termo do eixo ação e termos de qualquer outro eixo, com exceção ao eixo julgamento.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Agamenon Magalhães sob nº de Protocolo 259/2006, conforme a Resolução nº 196/96 da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, do Ministério da Saúde, que estabelece normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
No pré-parto, a proposta de assistência à parturiente consiste inicialmente em uma consulta de enfermagem. A consulta de enfermagem é momento fundamental para investigação das necessidades da parturiente, subsidiando criteriosamente as demais etapas do Processo de Enfermagem. O formulário para elaboração do Histórico de Enfermagem foi concebido a partir da necessidade de identificação dos dados obstétricos da parturiente para facilitar a SAE. O instrumento para consulta de enfermagem contempla os dados de identificação da parturiente, os dados relacionados à gestação, exame físico da parturiente, exames laboratoriais e dados do parto (Quadro 1).



Após a consulta de enfermagem, deve ser iniciada a segunda etapa do protocolo que é a identificação dos diagnósticos de enfermagem. Um formulário específico foi elaborado a partir dos dados coletados com as participantes da pesquisa. O mesmo contempla sete diagnósticos de enfermagem com suas respectivas intervenções e resultados esperados (Quadro 2).
A investigação sobre os dados contidos no instrumento para a consulta de enfermagem auxilia a tomada de decisão quanto às condutas a serem tomadas pelo enfermeiro obstetra e sua equipe. O protocolo orienta as intervenções de enfermagem na perspectiva da promoção e da facilitação de um parto saudável, fisiológico, sem intervenções desnecessárias a partir da identificação dos diagnósticos de enfermagem.
A busca de qualidade deve ser um processo contínuo subsidiado pela competência técnico-científica e comprometimento do profissional. A SAE permite que o enfermeiro obstetra se concentre no campo de conhecimento peculiar à enfermagem em busca do nível de qualidade compatível com as necessidades da parturiente(13).
É na sala de pré-parto que o medo de morrer, medo de perder o filho e o medo da dor se intensificam na mulher, e podem dominar a experiência da parturição negativamente, especialmente quando associados a outros sentimentos ou fatores como o stress, ansiedade, fadiga, tensão, frio, fome, ambiente estranho, desamparo social e afetivo(14).
Foi a partir do relato das parturientes sobre as sensações que estavam vivenciando durante o trabalho de parto que foram identificados os diagnósticos de enfermagem, como: medo do trabalho de parto, fadiga presente, contração uterina normal e dor de trabalho de parto presente. E, mediante os procedimentos a que foram submetidas no parto, outros diagnósticos foram elaborados: expulsão uterina fetal sem distócias ou intercorrências, laceração do períneo ou vagina e corte na região médio-lateral do períneo.
Uma das finalidades do enfermeiro obstetra é proporcionar um ambiente calmo que reduza a ansiedade e o medo nas mulheres em trabalho de parto, além de ofertar técnicas para o alívio da dor como massagem lombar, deambulação, posturas variadas durante o trabalho de parto e parto, hidratação, alimentação, métodos de respiração para minimizar o desconforto do processo parturitivo, e banho de imersão. Todos esses fatores são alternativas para o conforto da parturiente que podem aliviar a dor sem interferir na progressão do trabalho de parto(14).
Atualmente, as posições mais indicadas durante o trabalho de parto são as verticalizadas por permitir melhor circulação feto-placentário, menos dificuldade na hora dos puxos, redução das dores, diminuição das lacerações vaginais e perineais e período expulsivo mais rápido(15).
Estudos referem que o pré-natal tem importância fundamental no preparo da mulher para o trabalho de parto(16). No entanto, verifica-se, na prática, que faltam informações fundamentais para que elas vivenciem esse momento com segurança. O desconhecimento da mulher sobre o processo fisiológico do parto dificulta seu protagonismo, tomada de decisões e escolhas conscientes sobre as intervenções a qual estará se submetendo(17).
Um dos procedimentos mais comuns na Obstetrícia, que tem enfoque intervencionista subtraindo da mulher parturiente a possibilidade de vivenciar o parto como um processo fisiológico e fortalecedor de sua autonomia, é a episiotomia(18). A episiotomia é uma incisão cirúrgica na região vulvar, com indicação obstétrica, para impedir ou diminuir o trauma dos tecidos do canal do parto. Em número, é superado apenas pelo corte e pinçamento do cordão umbilical. No entanto, seu uso é recomendado em apenas 15 a 30% dos casos. Comumente o enfermeiro obstetra respeita os critérios para sua realização e opta por uma atitude menos intervencionista(15).
Na tentativa de se evitar práticas iatrogênicas durante o trabalho de parto, a OMS recomenda a utilização do partograma para acompanhamento do trabalho de parto(18). Esse instrumento consiste na representação gráfica do trabalho de parto através de um traçado feito no início da fase ativa do trabalho de parto, chamada de linha de alerta, e outro traçado, quatro horas após o primeiro, determinando a linha de ação. Isso facilitará a avaliação do trabalho de parto em eutócico ou distócico, tendo em vista que ele avalia a dilatação cervical, descida da apresentação e, ainda, permite o registro dos batimentos cardiofetais, dinâmica uterina, medicações administradas, entre outros(19).
Estudos mostraram que técnicas como deambulação, movimentação e banho de aspersão ou imersão são cada vez mais utilizados à medida que o trabalho de parto progride para as zonas II e III do partograma, mostrando sua importância como critério para modificação de condutas obstétricas (19).
O papel do enfermeiro obstetra é ajudar nas forças naturais do parto, criando condições mais favoráveis para o nascimento, vivenciando a ciência, a natureza e a ética, promovendo, assim, modificações de comportamento de acordo com as respostas da mulher, fazendo com que ela, ao parir, consiga atingir o mais alto grau de satisfação(20).
Um protocolo de enfermagem nos setores de pré-parto e sala de parto estimulará a efetivação do enfermeiro obstetra no acompanhamento do trabalho de parto e parto a partir da implementação de técnicas como deambulação, utilização do toque afetivo, musicoterapia dentre outras intervenções já descritas. Desta forma, o enfermeiro deixa de se basear apenas na prescrição médica para realizar seus cuidados e começa a utilizar seu senso crítico para o planejamento da assistência evidenciando sua autonomia e favorecendo o reconhecimento profissional pelos membros da equipe.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A visão holística do enfermeiro obstetra associada ao Processo de Enfermagem, favorece uma assistência individualizada à parturiente, fundamentada no conhecimento científico, fazendo com que ela sinta-se parte de um processo natural, acompanhando o ritmo do seu próprio corpo.
A partir deste estudo foi possível propor um protocolo visando o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem no pré-parto e sala de parto de um Hospital Público na cidade do Recife, uma vez que a Resolução do COFEN nº 358/99 afirma que: "a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem deve acontecer em toda instituição de saúde, pública e privada"(9).
É nesse contexto que a incorporação da CIPE® às atividades do enfermeiro o levará a obter melhores resultados na qualidade de sua assistência no centro obstétrico, uma vez que ele estará utilizando uma terminologia reconhecida internacionalmente facilitando a comunicação entre seus pares.

REFERÊNCIAS
1. Lopes RCS, Donelli TS, Lima CM, Piccinini CA. O antes e o depois: expectativas e experiências de mães sobre o parto. Psicol Reflex Crit 2005;18(2):247-54.         [ Links ]
2. Zveiter M, Progianti JM, Vargens OMC. O trauma no parto e nascimento  sob a lente da enfermagem obstétrica. Pulsional Rev Psicanál 2005;182(6):86-92.         [ Links ]
3. Sodré TM, Lacerda, RA. O processo de trabalho na assistência ao parto em Londrina-PR. Rev Esc Enferm USP 2007;41(1):82-9.         [ Links ]
4. Mouta RJO, Progianti. Estratégias de luta das enfermeiras da Maternidade Leila Diniz para implantação de um modelo humanizado de assistência ao parto. Texto & Contexto Enferm 2009;18(4):731-40.         [ Links ]
5. Barbosa PG, Carvalho GM, Oliveira LR. Enfermagem obstétrica: descobrindo as facilidades e dificuldades do especialista nesta área. Mundo da Saúde 2008;32(4):458-65.         [ Links ]
6. Conselho Federal de Enfermagem [homepage na internet]. Resolução COFEN nº223/ 99. Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal. [Acesso em 27 de maio 2005]. Disponível em: http://www.portalcoren-rs.gov.br/web/resoluca/r223.htm.         [ Links ]
7. Moura ACF, Rabelo CBM; Sampaio MRFB. Prática profissional e metodologia assistencial dos enfermeiros em hospital filantrópico. Rev Bras Enferm 2008;61(4):476-81.         [ Links ]
8. Truppel TC, Meier MJ, Calixto RC, Peruzzo SA, Crozeta K. Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm 2009;62(2):221-7.         [ Links ]
9. Conselho Federal de Enfermagem [homepage na internet]. Resolução COFEN nº 358/99. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. [Acesso em 12 de set 2012]. Disponível em: http://www.portalcofen.gov.br/sitenovo/node/4384.         [ Links ]
10. Fuly PSC, Leite JL, Lima SBS. Correntes de pensamentos nacionais sobre Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rev Bras Enferm 2008;61(6):883-7.         [ Links ]
11. Conselho Internacional de Enfermagem. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) - Versão 1. Genebra, Suíça: 2006.         [ Links ]
12. Bittencourt GKGD, Beserra PJF, Nóbrega MML. Assistência de enfermagem a paciente com lúpus eritematoso sistêmico utilizando a CIPE. Rev Gaúch Enferm 2008;29(1):26-32.         [ Links ]
13. D'Inocenzo M, Adami NP, Cunha ICKO. O movimento pela qualidade nos serviços de saúde e enfermagem. Rev Bras Enferm 2006;59(1):84-8.         [ Links ]
14. Davim RMB, Torres GV, Dantas JC, Melo ESM, Paiva CP, Vieira D, et al. Banho de chuveiro como estratégia não farmacológica no alivio da dor de parturientes Rev. eletrônica Enferm. [periódicos na internet].2008 [acesso em 20 jan 2010];10(3):600-9 Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a06.htm.         [ Links ]
15. Mouta RJO, Pilloto DTS, Vargens OMC, Progianti JM. Relação entre posição adotada pela mulher no parto, integridade perinel e vitalidade de recém-nascido. Rev Enferm UERJ 2008;16(4):472-76.         [ Links ]
16. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciênc e Saúde Coletiva 2005;10(3):627-37.         [ Links ]
17. Gama AS, Giffin KM, Tuesta AJA , Barbosa GP, D'Orsi E. Representações e experiências das mulheres sobre a assistência ao parto vaginal e cesárea em maternidades pública e privada. Cad Saúde Pública 2009;25(11):2480-8.         [ Links ]
18. Organização Mundial de Saúde. Maternidade Segura. Assistência ao Parto Normal: um guia prático. Genebra: 1996.         [ Links ]
19. Rocha IMS, Oliveira SMJV, Schneck CA, Riesco MLG, Costa ASC. O partograma como instrumento de análise da assistência ao parto. Rev Esc Enferm USP 2009;43(4):880-8.         [ Links ]
20. Davim RMB, Bezerra LGM. Assistência à parturiente por enfermeiras obstétricas no Projeto Midwifery: um relato de experiência. Rev Latinoam Enferm 2002;10(5):727-32.         [ Links ]


Autor correspondente:
Raquel Bezerra dos Santos
E-mail: raquelbezerra@yahoo.com.br

Submissão 24-09-2010   
Aprovação
: 04-01-2012


Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000100002

Aposte nas frutas cítricas para melhorar a saúde

morangoBaixos níveis de vitamina C no organismo podem acarretar doenças graves. Por isso, não deixe de incluir as frutas cítricas no seu cardápio! Além de saudáveis, são pra lá de saborosas.

Incluir as frutas cítricas no seu cardápio diário é coisa simples, não é? Afinal, são tantas as opções que têm para todos os gostos. E não precisa de muito. “A ingestão diária de vitamina C recomendada é de 100 mg a 200 mg. E, para atingir essa quantidade, é bem simples”, comenta Paula Castilho, nutricionista da Sabor Integral Consultoria em Nutrição (SP). E leve a sério essas indicações, porque baixos níveis de vitamina C no organismo não fazem bem.

 “Em casos leves, há mais chances de aparecerem pintinhas vermelhas na pele, que surgem pelos sangramentos de pequenos vasos, chamados capilares, e hematomas. Se a deficiência for grande, pode causar uma doença chamada escorbuto, que leva ao enfraquecimento das estruturas de colágeno da pele e seus vasos, com sangramento generalizado, podendo acarretar em hemorragias sob a pele, dores e sangramento gengival com perda dos dentes”, alerta Carla Albuquerque, dermatologista (SP). Mas para evitar esses danos e alcançar a recomendação, confira as sugestões:

1 caju médio - 131 mg
1 goiaba média - 370,7 mg
1 fatia média de abacaxi - 73,2 mg
10 morangos médios - 84 mg
1 laranja-pera média - 95,7 mg

Matéria publicada em portal Revista Corpo a Corpo

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/nutricao-hidratacao/25731-aposte-nas-frutas-citricas-para-melhorar-a-saude

Obesidade pode aumentar o risco da mulher desenvolver câncer de mama

 Recomendação é que a mulher faça a mamografia a partir dos 40 anos. Se houver histórico de câncer na família, ela deve fazer o exame antes.

O câncer de mama é um problema que atinge muitas mulheres em todo o mundo, mas se for diagnosticado precocemente, tem grandes chances de cura.

Como alertou a mastologista e presidente da Femama Maira Caleffi, o ideal é que as mulher faça o exame de mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade - no entanto, caso ela tenha um histórico da doença na família, é importante que comece a se examinar um pouco antes.

Esse exame consegue detectar tumores pequenos que o autoexame não consegue. Por isso, o autoexame não funciona para diagnosticar a doença, apenas faz a mulher conhecer os próprios seios, como alertou o ginecologista José Bento. Caso ela encontre um carocinho, isso não necessariamente indica que é um câncer - segundo a mastologista Maira Caleffi, a cada dez nódulos, apenas um é câncer.

Se a mulher for obesa, o risco do tumor aumentar é muito maior. Isso porque, quanto maior o número de células de gordura no corpo, maior o volume do hormônio feminino estrogênio, que serve de “alimento” para as células cancerígenas.

Por isso, quanto mais peso e idade, mais chances a paciente tem de desenvolver câncer nas mamas, principalmente após a menopausa, quando há um aumento da densidade mamária.

Nos outros casos, pode ser apenas um fibroadenoma ou um cisto, por exemplo, que é um tumor benigno com líquido dentro, que se forma quando uma glândula mamária entope. O médico explicou, inclusive, que o cisto não se transforma em câncer – o que pode acontecer é haver um tumor maligno no meio de vários cistos, mas isso é raro.

De forma isolada, o cisto não causa nenhum problema à saúde, mas pode incomodar durante a TPM, por exemplo, e nesse caso, o médico pode fazer uma punção para remover o líquido. O problema é que, ao realizar essa punção, o médico pode também descobrir um tumor maligno na mama e, nesse caso, a retirada é diferente.

Caso a pessoa tenha histórico familiar da doença, ela pode recorrer ainda a um mapeamento genético para avaliar o risco de câncer de mama, como fez a atriz Angelina Jolie em maio deste ano.

No entanto, segundo a oncogeneticista Maria Isabel Achatz, de todos os casos da doença, apenas de 5% a 10% são hereditários, então é preciso avaliar se é realmente necessário recorrer a esse exame (veja no vídeo ao lado).

No caso da funcionária pública Lúcia Paganani, por exemplo, a genética foi determinante e, aos 33 anos, ela descobriu o câncer em uma das mamas. Ela fez o tratamento, tirou os seios, fez a cirurgia reparadora e está curada, porém, como a mãe, a tia e a avó morreram de câncer de ovário, ela resolveu recorrer ao mapeamento genético e descobriu a ligação entre as doenças.

Essa informação pode ajudar as filhas e sobrinhas de Lúcia, que já sabem que podem ter essa mutação. Se a descoberta for feita precocemente, a paciente não é obrigada a retirar as mamas e nem os ovários. No entanto, esse mapeamento não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e o custo no Brasil é caro e pode ficar em torno de 7 a 10 mil reais – se descoberta a mutação, a mulher pode decidir entre três possibilidades: acompanhar clinicamente, fazer a mastectomia ou retirada do ovário ou tomar medicamentos que diminuem 50% o risco de doença.

Muitas mulheres procuram ainda o médico com problemas de dor nos seios e, na maioria das vezes, associam isso ao câncer. Porém, como explicou a mastologista Maira Caleffi, essa dor geralmente é causada por alterações hormonais ou problemas de postura.

Por exemplo, na TPM, a mulher tem retenção de líquido, que pode tracionar o tecido da mama e doer – caso esse incômodo permaneça por mais de uma semana, no entanto, ela deve procurar um médico.

As oscilações hormonais podem ocorrer também por causa do uso do anticoncepcional, como lembrou o ginecologista José Bento. Nesse caso, os receptores das mamas captam mais hormônios do que deveriam, o que aumenta a sensibilidade e causa a dor – nesse caso, o tratamento é feito com a troca do medicamento.

Já a dor provocada pela coluna acontece porque as inervações das mamas que passam pela cervical, se comprimidas, doem.

Nessa situação, vale lembrar que o uso do sutiã correto é fundamental – o ideal é usar modelos com alças largas, alternando com outros modelos, como os de alças cruzadas nas costas, para equilibrar o peso. Além disso, exercícios de correção postural também melhoram o problema.

Fonte:  http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/nutricao-hidratacao/25740-obesidade-pode-aumentar-o-risco-da-mulher-desenvolver-cancer-de-mama

Matéria publicada em portal Bem Estar