Recomendação é que a mulher faça a mamografia a partir dos 40 anos. Se
houver histórico de câncer na família, ela deve fazer o exame antes.
O câncer de mama é um problema que atinge muitas mulheres em
todo o mundo, mas se for diagnosticado precocemente, tem grandes chances
de cura.
Como alertou a mastologista e presidente da Femama
Maira Caleffi, o ideal é que as mulher faça o exame de mamografia
anualmente a partir dos 40 anos de idade - no entanto, caso ela tenha um
histórico da doença na família, é importante que comece a se examinar
um pouco antes.
Esse exame consegue detectar tumores pequenos que
o autoexame não consegue. Por isso, o autoexame não funciona para
diagnosticar a doença, apenas faz a mulher conhecer os próprios seios,
como alertou o ginecologista José Bento. Caso ela encontre um carocinho,
isso não necessariamente indica que é um câncer - segundo a
mastologista Maira Caleffi, a cada dez nódulos, apenas um é câncer.
Se
a mulher for obesa, o risco do tumor aumentar é muito maior. Isso
porque, quanto maior o número de células de gordura no corpo, maior o
volume do hormônio feminino estrogênio, que serve de “alimento” para as
células cancerígenas.
Por isso, quanto mais peso e idade, mais
chances a paciente tem de desenvolver câncer nas mamas, principalmente
após a menopausa, quando há um aumento da densidade mamária.
Nos
outros casos, pode ser apenas um fibroadenoma ou um cisto, por exemplo,
que é um tumor benigno com líquido dentro, que se forma quando uma
glândula mamária entope. O médico explicou, inclusive, que o cisto não
se transforma em câncer – o que pode acontecer é haver um tumor maligno
no meio de vários cistos, mas isso é raro.
De forma isolada, o
cisto não causa nenhum problema à saúde, mas pode incomodar durante a
TPM, por exemplo, e nesse caso, o médico pode fazer uma punção para
remover o líquido. O problema é que, ao realizar essa punção, o médico
pode também descobrir um tumor maligno na mama e, nesse caso, a retirada
é diferente.
Caso a pessoa tenha histórico familiar da doença,
ela pode recorrer ainda a um mapeamento genético para avaliar o risco de
câncer de mama, como fez a atriz Angelina Jolie em maio deste ano.
No
entanto, segundo a oncogeneticista Maria Isabel Achatz, de todos os
casos da doença, apenas de 5% a 10% são hereditários, então é preciso
avaliar se é realmente necessário recorrer a esse exame (veja no vídeo
ao lado).
No caso da funcionária pública Lúcia Paganani, por
exemplo, a genética foi determinante e, aos 33 anos, ela descobriu o
câncer em uma das mamas. Ela fez o tratamento, tirou os seios, fez a
cirurgia reparadora e está curada, porém, como a mãe, a tia e a avó
morreram de câncer de ovário, ela resolveu recorrer ao mapeamento
genético e descobriu a ligação entre as doenças.
Essa informação
pode ajudar as filhas e sobrinhas de Lúcia, que já sabem que podem ter
essa mutação. Se a descoberta for feita precocemente, a paciente não é
obrigada a retirar as mamas e nem os ovários. No entanto, esse
mapeamento não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e o custo
no Brasil é caro e pode ficar em torno de 7 a 10 mil reais – se
descoberta a mutação, a mulher pode decidir entre três possibilidades:
acompanhar clinicamente, fazer a mastectomia ou retirada do ovário ou
tomar medicamentos que diminuem 50% o risco de doença.
Muitas
mulheres procuram ainda o médico com problemas de dor nos seios e, na
maioria das vezes, associam isso ao câncer. Porém, como explicou a
mastologista Maira Caleffi, essa dor geralmente é causada por alterações
hormonais ou problemas de postura.
Por exemplo, na TPM, a mulher
tem retenção de líquido, que pode tracionar o tecido da mama e doer –
caso esse incômodo permaneça por mais de uma semana, no entanto, ela
deve procurar um médico.
As oscilações hormonais podem ocorrer
também por causa do uso do anticoncepcional, como lembrou o
ginecologista José Bento. Nesse caso, os receptores das mamas captam
mais hormônios do que deveriam, o que aumenta a sensibilidade e causa a
dor – nesse caso, o tratamento é feito com a troca do medicamento.
Já a dor provocada pela coluna acontece porque as inervações das mamas que passam pela cervical, se comprimidas, doem.
Nessa
situação, vale lembrar que o uso do sutiã correto é fundamental – o
ideal é usar modelos com alças largas, alternando com outros modelos,
como os de alças cruzadas nas costas, para equilibrar o peso. Além
disso, exercícios de correção postural também melhoram o problema.
Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/nutricao-hidratacao/25740-obesidade-pode-aumentar-o-risco-da-mulher-desenvolver-cancer-de-mama
Matéria publicada em portal Bem Estar
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