segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Anabolizantes: a busca por um corpo sarado pode custar caro à saúde

Sem títuloInsuficiência renal e tumores estão entre algumas complicações decorrentes do uso prolongado de substâncias procuradas por adeptos da malhação.

A busca pelo corpo perfeito, torneado por músculos definidos e sem gordura. Em um país conhecido mundialmente pela beleza, o sonho de um ideal estético pode estar sendo construído a preços altos, em um caminho marcado pelo consumo prolongado de anabolizantes e complicações inimagináveis para jovens adeptos da malhação, que vão de câncer de fígado a suspeitas de tumores de testículos.

Assim, conforme observa o oncologista Dr. Fernando Cotait Maluf, do Hospital São José, a aparência de um corpo saudável pode esconder por trás uma pessoa doente. Um quadro preocupante que tem crescido entre os jovens brasileiros.

— O uso prolongado de anabolizantes propicia doenças cardíacas, respiratórias, psiquiátricas e pode levar a um aumentar as chances de tumores no fígado principalmente. Há suspeitas ainda de que o uso de anabolizantes e hormônios de crescimento, como o GH, influi em tumores no testículo, na próstata, assim como nas mamas e no ovário.

Segundo o especialista, tumores no fígado não aconteciam em pessoas tão jovens — na faixa dos 20 ou 30 anos — no passado. Antes relacionados a vírus de hepatite b e c, e ao uso de álcool, hoje os chamados tumores hepáticos estão aparecendo em pacientes sem histórico disso e que fazem uso dessas substâncias.

O risco é alto. Segundo o nutrólogo Dr. Milton Mizomuto, quase metade dos suplementos para quem malha são “contaminados” com algum anabolizante.

— Isso acontece, principalmente, com os suplementos importados. Com os nacionais, pelo menos nesse aspecto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é rigorosa.

Além de aumentar as chances de tumor de fígado e na parte genital, o uso de anabolizantes pode ter uma repercussão desastrosa no sistema cardiovascular. Segundo o Dr. Maluf, diversos “artigos falam em maior chance de infarto do miocárdio, alterações da coagulação levando a tromboses de veias das pernas e embolia pulmonar, além de alteração dos níveis de colesterol e triglicérides”. Em um quadro ainda pior, uso abusivo de anabolizantes pode levar a um quadro de psicose e comportamento agressivo.

Os anabolizantes são hormônios masculinos sintéticos que absorvem proteínas e retêm líquido, provocando inchaço dos músculos. O uso pode acarretar ainda uma diminuição na produção de esperma, impotência sexual, aumento do volume da mama e até mesmo diminuição dos testículos, lembra o Dr. Maluf.

— Os anabolizantes são usados para corrigir uma deficiência hormonal e não para melhorar artificialmente a performance de quem faz academia. Eu, por exemplo, prescrevo anabolizantes para pacientes com câncer que estão perdendo músculos ou peso. Mas eu sou a “ponta do iceberg”, já que a maioria é prescrita de modo não legal.

Segurança

Mas até que ponto, então, os anabolizantes podem ser usados? Segundo o Dr. Mizumoto, não há níveis seguros para o uso dessas substâncias. Ele lembra que os anabolizantes foram originalmente prescritos para idosos que perdem massa muscular e pacientes com queimaduras gravíssimas, e não para quem quer ficar “sarado”.

Assim, quem busca um desempenho adequado e um corpo “perfeito” deve procurar um treinamento adequado progressivo e dietas nutricionais de acordo com o seu biótipo e necessidades. Nenhum tipo de hormonioterapia deve acompanhar, a não ser para pacientes que apresentam deficiência desses. O ideal, explica o Dr. Mizumoto, é buscar um nutrólogo que entenda de medicina do esporte e condicionamento físico, para que possa avaliar as necessidades do paciente.

Além de aumentar os riscos de insuficiência renal e tumores, alerta o nutrólogo, o uso prolongado de anabolizantes cria um círculo vicioso, já que a pessoa que o toma pode ver seus músculos atrofiarem se parar.

Um quadro preocupante que não parece estar com os dias contados, observa o Dr. Maluf.

— Acredito que seja uma tendência mundial, mas mais forte no Brasil que é muito comprometido com a beleza. Basta pensar em cirurgias plásticas para ver que o Brasil tem o maior volume do mundo.

Matéria publicada em portal R7 

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/doping/24678-anabolizantes-a-busca-por-um-corpo-sarado-pode-custar-caro-a-saude

Exercícios em excesso podem até impedir a mulher de engravidar

exercicios-em-excesso-podem-ate-impedir-a-mulher-de-engravidar-Que exercícios regulares fazem bem à saúde não é novidade, todo mundo sabe. Mas, como todo excesso é negativo, o abuso de atividade física não fica atrás e também não é nada bom para as mulheres.

Isso porque exagerar no treino pode influenciar diretamente no ciclo menstrual e diminuir a capacidade reprodutiva.

Com a queima dos estoques de gordura, o corpo da mulher passa por muitas alterações. “O metabolismo muda e, junto com ele, os hormônios também sentem os efeitos dos exercícios abusivos. O que acontece é que os níveis de estrogênio diminuem, enquanto os de testosterona aumentam. Essa combinação pode bloquear a ovulação e desregular a menstruação”, explica o ginecologista Dr. Rubens Paulo Gonçalves.

O caso, inclusive, é comum entre maratonistas, segundo o especialista. Qualquer pessoa que se submeta a altas cargas de atividades físicas, sejam quais forem, passando dos limites ideais, pode sofrer com essas mudanças no corpo.

Dizer ao certo a quantidade indicada de exercícios é um desafio, já que cada pessoa apresenta uma condição corporal diferente. Contudo, o médico aconselha a seguir uma média. “As atividades são importantes e devem ser feitas de três a quatro vezes na semana, sem ultrapassar duas horas de duração. No caso de corridas, o melhor é que não passe de 6 km/h de cada vez, tudo sempre feito com moderação”, finaliza.

Matéria publicada no Portal Terra 

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/fitness/canais-fitness/academias/24718-exercicios-em-excesso-podem-ate-impedir-a-mulher-de-engravidar-