domingo, 23 de dezembro de 2012

SINAIS VITAIS


SINAIS  VITAIS
Prof.  Alecssandra Viduedo 


 Sinais  vitais 
  • Sinais vitais  são aqueles que evidenciam o funcionamento  e as alterações da função corporal.  Por serem os mesmos relacionados com a  própria existência da vida, recebem o  nome de sinais vitais.

 Variações aceitáveis (Potter, Perry, 2009) 
120x80mmHg Pressão Arterial 
12 a 20 rpm Freq.Respiratória 
60a 100 bpm Pulso 
36,5◦C Média axilar 
37,5◦C Média retal 
37◦C Média oral e timpânica 
36◦C a 38◦C temperatura 
Variações  
Sinais vitais
  Condições que  alteram os sinais vitais 
  • Medicações,    Condições do ambiente ,  Exercício ,  Estado emocional
 TemperaturaT= quantidade de  calor produzido -quantidade de calor perdido
 
 Termorregulação  
  • Temperatura corpórea  central (constante)
  • Temperatura corpórea superficial (varia)
  • Hipotálamo anterior (perda de calor)
  • Hipotálamo posterior (produção de calor)

    Mecanismos de  perda de calor 
  • Inibição da produção  de calor (central)
  • (Superficiais)
  • Radiação
  • Condução
  • Convecção
  • Evaporação
  • Diaforese

 Fatores que  afetam a temperatura corpórea 
  • Idade
  • Exercício
  • Nível hormonal
  • Ritmo circadiano
  • Estresse
  • Ambiente
  • Alterações de temperatura

     
Febre ou pirexia 
  • Pirógenos ↑ temperatura
  • aumentam o ponto de ajuste de temperatura (calafrios).
  • Destruição dos pirógenos
  • Início da perda de calor
  • Vasodilatação, hiperemia
  • Diaforese e evaporação
  • Estado afebril.
 Outros meios  de controle da temperatura 
  • ↑temperatura ↓concentração de Fe= ↓bactérias.
  • ↑temperatura ↑interferon= ↓vírus.  
  • Febre ↑metabolismo  basal= ↑Fr e ↑Fc

     
Padrões de  febre 
  • Sustentada
  • Intermitente
  • Remitente
  • Recidivante
  • ↑diaforese= déficit do volume de líquidos.
     
Hipotermia  
  • Exposição prolongada  ao frio impede o ↑temperatura.
  • Sinais de hipotermia:
  • 35C tremores, perda de memória, depressão, menos cognição.
  • 34,4C Fc, Fr, PA ↓cianótica.
  • Disritmia cardíaca, perda de consciência, ausência de resposta a estímulos.
     
Locais para  medir a temperatura 
  • Boca 
  • Reto
  • Axila
  • Região temporal
  • Raramente na prega inguinal
     
Coleta de dados  (materiais necessários) 
  • Ficha de anotação.
  • Termômetro adequado
  • Algodão embebido em álcool 70%.
  • Formulário de registro e caneta.
  • Relógio.
  • Bandeja ou cuba para transporte.
  • (temp. Retal- luva de procedimento e lubrificante)

     
Procedimento (temperatura  axilar) 
  • Lavar as mãos;
    - Explicar ao paciente o que vai ser feito;
    - Fazer desinfecção do termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% e certificar-se que a coluna de mercúrio está a baixo de 35o C;  Enxugar a axila com a roupa do paciente (a umidade abaixa a temperatura da pele, não dando a temperatura real do corpo);
    - Colocar o termômetro com reservatório de mercúrio no côncavo da axila, de maneira que o bulbo fique em contato direto com a pele;
    - Pedir o paciente para comprimir o braço em encontro ao corpo, colocando a mão no ombro oposto;
    - Após 5 minutos, retirar o termômetro, ler e anotar a temperatura.
    - Fazer desinfecção do termômetro em algodão embebido em álcool a 70% e sacudí-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35o C ( usar movimentos circulares = força centrífuga);
    - Lavar as mãos.
  • - Realizar as anotações de enfermagem.
Comunicar o paciente do resultado.
 
Diagnósticos de  enfermagem realcionados 
  • Risco de desequilíbrio  da temperatura corporal.
  • Hipertermia
  • Hipotermia
  • Termorregulação ineficaz.

     
 Exemplo de Prescrições  
  • Manter o paciente  em ambiente arejado (protegido do frio  e do calor excessivo)
  • Manter vestuário adequado para temperatura ambiente.
  • Manter hidratação, lembrando das patologias com restrições hídricas.
  • Manter boa alimentação para fortalecimento do sistema imunológico.  

Pulso
 
  • O pulso é  a delimitação palpável da corrente sanguínea  na artéria periférica.
  • O coração bombeia 5000ml de sg por minuto.
  • DC= VE x FC
  • Ex: vol. Ejeção=70ml
  • Freq. Cardíaca=70bpm
  • DC=4900ml
 Local para  tomar a pulsação 
  • Mais comuns: artéria  radial,carótida. Uso do estétoscópio:  para acessar a frequência apical.(quinto EIC  LMC esquerda)   gualdade entre o lado direito e esquerdo

     
Características  do pulso 
  • Frequência (taquicardia,  bradicardia)  
  • Ritmo (disritmia)  
  • Força =volume de  sangue ejetado forte, fraca, imperceptível.

     
Fatores que  influenciam o pulso 
  • Exercício
  • Temperatura
  • Emoções
  • Drogas
  • Hemorragia
  • Mudanças posturais
  • Condições pulmonares
     
Materiais 
  • Ficha de anotação
  • Relógio.
  • Caneta (A cor depende)  

Procedimento
 
  • Lavar as mãos, 
    - Explicar ao paciente o que vai ser feito; investigar fatores que podem alterar o pulso.
    - Manter o paciente confortável (deitado ou sentado). O braço apoiado na cama ou mesa e com a palma voltada para baixo;
    - Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria, fazendo leve pressão, suficiente para sentir a pulsação.
    - Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
    - Contar os batimentos durante 1 minuto.
    - Se necessário, repetir a contagem.
    - Lavar as mãos.
  • -Anotar e comunicar ao paciente do resultado.
Apical
 Lavar as mãos
  • Comunicar o paciente e investigar fatores que alterem a pulsação.
  • Retirar a vestimenta, respeitando a privacidade do paciente.
  • Localizar o ponto apical (quinto EIC na LMC esquerda)
  • Aqueça o diafragma do estetoscópio nas mãos.
  • Verifique a frequência cardíaca
  • Recoloque o vestuário.
  • Lavar as mãos
  • Anotar e comunicar o paciente dos resultados
     
Diagnósticos de  enfermagem possíveis 
  • Intolerância a  atividade
  • Ansiedade
  • Débito cardíaco diminuído
  • Medo
  • Volume de líquido excessivo ou deficiente.
  • Hipertermia
  • Hipotermia
  • Dor aguda
  • Perfusão tissular prejudicada.
     
Plano de cuidados  
  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.
     
Frequência respiratória 
  • É a troca de gases entre a atmosfera  o sangue e as células.
  • Ventilação
  • Difusão
  • Perfusão
     
Inspiração ------estimula  o nervo frênico
                                            ↓
                         Contração do diafragma 
Em um movimento respiratório-inala  500ml de ar.



 
Trauma abdominal ou cabeça
             ↓                          ↓      
Lesão  NF        ou            TC 

 

                Alteram a respiração       
 Fatores que  influenciam a respiração 
  • Exercício
  • Dor aguda
  • Ansiedade
  • Tabagismo
  • Posição corporal
  • Medicações
  • Lesão neurológica
  • Função da hemoglobina  
Alterações do  padrão respiratório 
  • Bradipnéia 
  • Taquipnéia
  • Hiperpnéia
  • Apnéia
  • Hiperventilação
  • Hipoventilação
  • Respiração de cheyne-stokes
  • Respiração kussmaul
  • Respiração de biot.
     
materiais 
  • Ficha de registro.
  • Relógio
  • Caneta
     
Procedimento
 
Deitar o paciente ou  sentar confortávelmente.Investigar fatores que  podem influenciar a FR. 
Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os 2 movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento respiratório.
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
Contar durante 1 minuto.
Lavar a mão.

 comunicar o resultado ao paciente.
 Lavar as mãos.
Anotar.
 
Observação:
Não permitir que o paciente fale,
Não contar a respiração logo após esforços do paciente.
 

Diagnóstico de  enfermagem 
  • Intolerância a  atividade
  • Desobstrução ineficaz de vias aéreas.
  • Ansiedade
  • Padrão respiratório ineficaz.
  • Troca de gases prejudicada.
  • Dor aguda.
  • Perfusão tissular ineficaz.
  • Resposta disfuncional ao desmame ventilatório.  
Plano de cuidados
 

  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.

     
Pressão arterial  
  • É a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração.
  • Pressão sitólica
  • Pressão diastólica
     
Fisiologia da  PA 
  • ↑volume de sangue↑o débito cardíaco ↑aumenta o volume dentro do vaso ↑pressão arterial.
  • Resistência periférica.
  • Volume de sangue
  • Viscosidade
  • Elasticidade
     
Fatores que  alteram a PA 
  • Idade
  • Estresse
  • Etnia
  • Sexo
  • Variação diária (circadiana)
  • Medicações
  • Atividade e peso
  • Tabagismo

     
Para realizar  diagnóstico de hipertensão
 

  • Deve ser aferida  a Pressão pelo menos duas vezes em  consultas subsequêntes. 
  • Cuidados com o tamanho do manguito e como ele é colocado no braço.
     
Materiais necessários 
  • Impresso próprio  para anotação
  • Caneta
  • Algodão com álcool
  • Esfignomanômetro
  • Estétoscópio
  • Cuba ou bandeja para transporte
     
Procedimento  
Explicar ao paciente sobre  o cuidado a ser executado; investigar  histórico do paciente.
Lavar as mãos
Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço comodamente apoiado ao nível do coração.
Deixar o braço descoberto, evitando compressão.
Colocar o manguito 2,5 cm acima da prega do cotovelo, (fossa cubital) palpar a artéria braquial, localize a seta do manguito na direção da arteria braquial .
Prendendo-o sem apertar demasiado, nem deixar muito frouxo.
Não deixar as borrachas se cruzarem devido aos ruídos que se produzem,

     Colocar o manômetro de modo que fique bem visível.
Palpar o pulso radial.
 

Procedimento 
  • Fechar a válvula  de ar e insuflar  o manguito até  o desaparecimento do pulso radial. (pode insuflar 30mmHg a mais)
  • - Abrir a vávula até sentir o pulso radial (pressão sitólica)- .
    - Desinsuflar e esperar 30 segundos.
  • Palpar a artéria braquial apoiar o diafragma do estetoscópio, Insuflar novamente com 30 mmHg a mais do que foi sentido no pulso radial, e abrir a válvula vagarosamente.-
    - Observar no manômetro o ponto em que são ouvidos os primeiros batimentos ou sons de KorotKoff ( pressão sistólica).  
     
Procedimento
    Observar o ponto em que o som foi ouvido por último ou sofreu uma mudança nítida (pressão diastólica) desaparecimento dos sons de KorotKoff.
Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e deixar o paciente confortável.
Lavar as mãos.

   Comunicar o paciente do resultado.
   Anotar os valores
   Colocar o material em ordem. Limpar as olivas auriculares com algodão embebido a álcool 70%.  
 

PA na extremidade  inferior 
  • Os mesmos procedimentos  iniciais
  • Manguito 2,5cm acima da artéria poplítea
  • Decúbito dorsal
  • Joelho flexionado
  • Palpar a artéria poplítea
  • Proceder da mesma maneira que a mensuração nos MMSS.
     
Diagnóstico de  enfermagem 
  • Intolerância a  atividade
  • Ansiedade
  • Débito cardíaco diminuído
  • Volume de líquidos deficiente ou excessivo
  • Risco de lesão
  • Dor aguda
  • Perfusão tissular ineficaz
 Plano de cuidados
 
  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.  
Referencias  
  • Luís  Roberto Araujo Fernandes D:\Semiologia e semiotécnica\SINAIS VITAIS.htm.
  • Owen Epstein. Exame Clínico. Elsevier,2003.
  • Potter e Perry Fundamentos de Enfermagem, 2007.

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